quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Literatura Contemporânea

O Brasil, após a Segunda Guerra Mundial, inicia um novo período de sua história, esse é marcado pelo desenvolvimento econômico, pela democratização política e pelo surgimento de novas tendências artísticas e culturais.

A primeira manifestação de mudança na literatura se dá com a geração de 45, cujo objetivo é renovar os meios de expressão a partir de uma pesquisa sobre a linguagem. No fim da década de 1950 e inicio da de 1960, esse movimento convive com o Concretismo, que, de certa forma, dá continuidade às pesquisas da geração de 45, porém acentuando seu aspecto formal. Esse é o momento em que a Bossa Nova e o Cinema Novo ganham seu espaço. No final da década de 1960, em meio à efervescência cultural refletida nos festivais de música da TV Record, surge o Tropicalismo, que representa a retomada de algumas propostas do Modernismo de 22.

A pesquisa estética e a renovação das formas de expressão literária, tanto na poesia quanto na prosa, são os traços distintos da geração de 45. Clarice Lispector, por exemplo, pondo em xeque os modelos narrativos tradicionais, relativiza os limites entre a poesia e a prosa e obriga a crítica a rever seus critérios de análise e avaliação da obra literária.

Em 1945, no Brasil, a ditadura de Vargas. O mundo passou a viver a Guerra Fria, um período democrático e desenvolvimentista, que chegaria à euforia no governo de Juscelino Kubitschek.

Menos exigidos social e politicamente, os artistas empreendiam uma pesquisa estética em busca de novas formas de expressão. Nas artes plásticas, por exemplo, a pintura figurativista, cujo centro é uma figura representativa da realidade, passou a dividir espaços com a pintura abstrata, antifigurativista, que não apresenta relação direta com a realidade.

Na literatura, ao lado de obras que mantinham certa preocupação social e davam continuidade até ao regionalismo, começaram a se destacar produções literárias em que a grande novidade era a pesquisa em torno da própria linguagem literária.

A poesia

A poesia de 45 trouxe ao cenário das discussões literárias a seguinte questão: a poesia é a arte da palavra. Esse princípio implica a alteração de pontos de vista da poesia de 30, que já tinha sido social, política, religiosa, filosófica...

A prosa

Várias obras significativas em prosa foram publicadas nesse período, principalmente nos gêneros conto e romance.

Parte dessa prosa retoma e aprofunda a sondagem psicológica que já vinha sendo desenvolvida, especialmente por autores como Mário de Andrade e Graciliano Ramos. È o que se verifica, por exemplo, nos contos e romances de Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles.

O regionalismo, fartamente explorado pela geração de 30, também foi retomado, dedicando-se a esse tipo de produção João Guimarães Rosa, Mário Palmério e outros, que procuram dar-lhe um tratamento renovado. O espaço urbano também foi objeto de enfoque, representado nas crônicas de Rubem Braga e nos contos e romances de Dalton Trevisan, Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector e Carlos Heitor Cony, entre outros.

Clarice Lispector (1926-1977) nasceu na Ucrânia, chegou ao Brasil com dois meses de vida, se criou em Recife. Brasileira naturalizada começou a escrever pequenos contos, hoje encontramos várias obras da autora, como: Perto do coração selvagem, O lustre, Laços de família, Água viva, A hora da estrela, A bela e a fera. No gênero infantil publicou O mistério do coelhinho pensante, A mulher que matou os peixes, A vida intima de Laura e outros.

Guimarães Rosa (1908-1967), mineiro de Cordisburgo, desde cedo mostrou interesse por línguas e pelas coisas da natureza: bichos, plantas, insetos. Como escritor, é uma das principais expressões da literatura brasileira. A genialidade de sua obra tem deslumbrado unanimemente as várias tendências da crítica e do público. Escreveu Corpo de baile (novelas) e Grande sertão: veredas (romance), que são suas obras-primas. Publicou ainda Primeiras estórias e Tutaméia.

Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo, em 1923, e estreou como escritora na literatura em 1944, com Praia viva. Seus temas relacionados à vida nas grandes cidades e aos problemas familiares e sociais que afligem as pessoas: militância política, drogas, conflitos familiares, adultério, amor, miséria, morte, etc.

Entre suas obras as mais conhecidas são Ciranda de pedra, Verão no aquário e As meninas.

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) é o mais importante poeta da geração de 45. Nasceu em Recife, desde cedo apresentou interesse pela palavra, pela literatura de cordel nordestina e desejava ser crítico literário. Pedra de sono, sua primeira obra já apresentava uma inclinação para a objetividade. Publicou também, O engenheiro, O cão sem plumas, O rio, Quaderna, Morte e vida Severina, A educação pela pedra, Museu de tudo, A escola das facas e Poesia crítica.

A literatura brasileira hoje

As últimas produções em nossa literatura da década de 1970 até o final do século XX, não receberam ainda um estudo mais aprofundado e sistematizado por parte dos historiadores e críticos literários. Isso se deve a duas razões centrais: de um lado, a falta de distanciamento histórico, que permitia um enfoque mais abrangente e crítico; de outro, a dúvida sobre a qualidade dessa produção, em virtude das condições históricas de censura e repressão cultural em que parte dela foi concebida.

Vários grupos de estudantes e operários que militavam politicamente na década de 1960 passaram à clandestinidade, e alguns deles optaram pela guerrilha rural e urbana como forma de luta. Pairava no ar um clima de depressão. Com a partida de Gil, Caetano, Chico Buarque, Geraldo Vandré e outros, confirmavam-se a frase de John Lennon a respeito dos Beatles e do projeto de uma geração: “O sonho acabou”.

Na década de 1970, acreditava-se que o marasmo cultural em que então se encontrava o país devia-se à ditadura militar. Pensava-se que, com o fim da censura, grandes obras literárias viriam à tona.

Com a abertura política, na década de 1980, não aconteceu nada disso. Nenhum grande movimento literário estava sendo gestado. Os grandes escritores continuavam sendo aqueles já consagrados, com Drummond, João Cabral, Lygia Fagundes Telles, Osman Lins e Mário Quintana.

A crônica, o conto e o romance, mais do que a poesia, ganhou inúmeros novos representantes entre as décadas de 1970 e 90. A crônica firmou seu papel na grande imprensa, com produções diárias ou periódicas, como as de Luis Fernando Veríssimo, Jô Soares, Marcos Rey, Walcyr Carrasco e outros. O conto tem sido um dos gêneros literários mais consumidos nos últimos anos.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Autobiografia da Vida

Meu nome é Jones Hamilton, nasci em 11 de março de 1992 no hospital Presidente Vargas na cidade de Porto Alegre.
Meus pais, James Hamilton (infelizmente ao lado do papai do céu) e Graciela Marques, uma pessoa muito saudável. Tenho quatro irmãos sendo que sou o mais velho. Hoje tenho 16 anos, mas não pareço.
Nasci numa família de classe média. Meus pais eram muito jovens e não tinham condições de me criar, então quando era ainda bebê fui morar com minha avó.
E aí começa a minha história, desde quando me lembro. Sempre fui um filho carinhoso, ajudava minha avó com as tarefas da casa.
Sempre fui um ótimo aluno também. Adorava e adoro estudar e quando início algum curso quero sempre aproveitar 100% do que estou fazendo. Não admito ser o 2º em nenhum curso que faço. Mas isso é só com relação aos estudos. Em outros aspectos da vida eu sei que ser o 1° não quer dizer ser o melhor para o indivíduo.
Tive uma adolescência tranqüila. Sim eu tive ansiedades, aflições, problemas, eu era uma pessoa tímida até. Eu sempre fui gordinho, e sabe como é nessa fase os outros amigos gostam de encher a gente com apelidos nada bonitos.
Aos 12 anos comecei a praticar judô, no início eu não queria fazer, mas depois que fiz o primeiro treino que fiz nunca mais tirei meus pés do tatame. Esse esporte além de me fazer perder toda a gordura que tinha, me trouxe também uma ótima coordenação motora.
No início deste ano comecei o curso de faixa preta e no ano que vem pretendo passar a diante tudo o que aprendi com esse esporte, quero começar a dar aula de judô.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Primeira fase do modernismo no Brasil

A semana da Arte Moderna (1922) é considerada o marco inicial do Modernismo Brasileiro.

A semana ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, com participação de artistas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Os modernistas ridicilarizavam o parnasianismo. Propunham uma renovação radical na linguagem e nos formatos, marcando a ruptura definitiva com a arte tradicional.

N a semana de Arte Moderna foram apresentados quadros, obras literárias e recitais inspirados em técnicas da vanguarda européia, como o dadaísmo, o futurismo, o expressionismo e o surrealismo, misturados a temas brasileiros.



A Primeira Fase do Modernismo



O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernistas.

Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros.

Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão. Entre os fatos mais importantes, destacam-se a publicação da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de divulgação das idéias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos culturais: o Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo, a Antropofagia e a Anta.

Esses movimentos representavam duas tendências ideológicas distintas, duas formas diferentes de expressar o nacionalismo.

O movimento Pau-Brasil defendia a criação de uma poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso passado histórico e cultural e na aceitação e valorização das riquezas e contrastes da realidade e da cultura brasileiras.

A Antropofagia, a exemplo dos rituais antropofágicos dos índios brasileiros, nos quais eles devoram seus inimigos para lhes extrair força, Oswald propõe a devoração simbólica da cultura do colonizador europeu, sem com isso perder nossa identidade cultural.

Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para o nazifascismo. Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida.